O desembargador Orlando Perri, da 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), concedeu liberdade aos envolvidos na Operação Gota d’Água, que apura desvios no Departamento de Água e Esgoto de Várzea Grande (DAE/VG). No entanto, os réus deverão cumprir uma série de medidas cautelares, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica, entrega de passaportes e a proibição de acessar qualquer prédio público em Várzea Grande, especialmente o DAE.
Os beneficiados pela decisão são: Mário Sales Rodrigues Júnior, Aguinaldo Lourenço da Costa Silva, Alessandro Macaúbas Leite de Campos, Leandro Humberto de Araújo, Anderson Kleiton Corrêa Botelho, Paulo Ricardo Ribeiro da Silva, Alex Sandro de Proença, Giliard José da Silva, Elizelle Fátima Gomes de Moraes e João Victor Ferreira de Campos.
De acordo com o despacho, os investigados terão que se apresentar à Justiça até o 5º dia útil de cada mês, estão proibidos de se ausentar da cidade sem autorização e não podem se envolver em outros crimes. O descumprimento das condições poderá resultar em nova ordem de prisão.
Operação Gota d’Água
Deflagrada em 20 de setembro de 2024 pela Polícia Civil, a Operação Gota d’Água visa desmantelar um esquema de corrupção no DAE/VG. Foram cumpridos 123 mandados, incluindo prisões, busca e apreensão, além de bloqueio de bens. O vereador de Várzea Grande é apontado como um dos líderes do esquema.
A operação teve início após o prefeito Kalil Baracat receber uma denúncia do presidente do DAE, Carlos Alberto Simões Arruda, que foi encaminhada ao Ministério Público e à Delegacia de Combate à Corrupção (Decoor). As investigações revelaram fraudes e corrupção na Diretoria Comercial do DAE desde 2019, com servidores cobrando propina para realizar serviços de saneamento básico.
O caso segue sendo investigado e pode resultar em novas prisões, caso haja descumprimento das medidas judiciais ou avanço das apurações.
Comentários: