O Núcleo de Ações de Competência Originária (Naco), grupo do Ministério Público do Estado de Mato Grosso em parceria com a Polícia Judiciária Civil, deflagrou nesta quinta-feira (07) a Operação Gomorra. A ação cumpre seis mandados de prisão temporária e 11 de busca e apreensão, tendo como alvo uma suposta organização criminosa acusada de fraudar licitações e desviar recursos públicos no município de Barão de Melgaço.

De acordo com informações do Naco, a investigação envolve membros da administração municipal, empresários e quatro empresas ligadas a um mesmo grupo familiar. Essas empresas prestariam serviços de locação de sistema administrativo de autogestão integrada para o departamento de frotas do município, e são suspeitas de se beneficiarem de contratos fraudulentos.

Setenta policiais civis, incluindo delegados e investigadores, participam da operação. O nome “Gomorra” remete à Operação Sodoma, de 2015, que desarticulou um esquema de corrupção no governo de Mato Grosso na época, sob a gestão de Silval Barbosa. A escolha do nome marca uma ligação simbólica com a investigação anterior, já que um dos denunciados na Sodoma voltou a ser investigado agora, desta vez por suposta participação no esquema em Barão de Melgaço.

A Operação Gomorra é um desdobramento das investigações que buscam combater a corrupção e assegurar que o dinheiro público seja usado de forma ética e transparente. As investigações seguem em curso, e as evidências obtidas devem contribuir para o desmantelamento de mais um esquema que compromete os recursos do município.